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Na sexta-feira (26), o Palácio Nacional de Cultura da Guatemala foi palco da premiação para os melhores projetos de inovação na área educacional, evento que contou com a presença do vice-presidente da Guatemala, Rafael Espada, além de mais de 200 professores de 17 países e autoridades dos setores público e privado. Entre os grandes vencedores, que seguirão para a etapa mundial do prêmio Educadores Inovadores, a ser realizado em Hong Kong no início de novembro, estão dois projetos brasileiros: o projeto Vôo BPF, idealizado pelas professoras Marise Brandão e Marli Fiorentin, e o projeto Escola.com Ciência, de Cláudia de Almeida Pires. Também seguirão para o mundial o venezuelano Andy Rincón, que desenvolveu o projeto Formação de Educadores através da Aprendizagem em Rede, e a argentina Graciela Bertancud.
Chegaram à final latino-americana 36 projetos de 16 países. A competição ocorreu em formato de uma feira, na qual os concorrentes expuseram suas experiências de inclusão da tecnologia na sala de aula e o impacto de cada uma delas para seu país. A equipe de jurados, composta por membros de organizações como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério da Educação do Chile, TV Cultura, UNESCO e a Agência Norte-Americana para Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), elegeu 9 vencedores, com base em critérios tecnológicos e educativos, em três categorias: Comunidade, Colaboração e Conteúdo. Alem disso, outros três foram agraciados na categoria Educador Inovador (votação realizada pelos próprios professores).
Todos os quatro projetos brasileiros, que chegaram a essa etapa, ficaram entre os 12 premiados. Eles tinham sido vencedores da etapa brasileira do prêmio, realizado no início de setembro, na qual 610 concorrentes haviam sido inscritos. “Em vez de serem avaliados por modalidade, como aconteceu na etapa brasileira, desta vez, todos os projetos concorreram simultaneamente para mostrar seu impacto em três pilares: comunidade, colaboração e conteúdo”, explica a gerente de Educação para a Área Social da Microsoft Brasil, Ana Teresa Ralston. “Os mesmos critérios serão observados agora para a etapa mundial”, complementa.
Professoras do projeto Vôo BPF, Marise Brandão e Marili Fiorentin ao lado da gerente de Educação para a Área Social da Microsoft Brasil, Ana Teresa Ralston
Na categoria Colaboração, o “Projeto vôo BPF - Brasil, Portugual e França”, da Escola Estadual Doutor Álvaro Rocha, do município de Barra do Piraí (RJ), foi escolhido como o melhor da América Latina. Desenvolvido pelas professoras Marise Martins Brandão e Marli Florentin, o projeto criou uma comunidade de aprendizagem em rede e intercâmbio entre os três países a partir da comemoração do centenário de Santos Dumont. “Esse prêmio comprova a necessidade de que os laboratórios de informática das escolas permaneçam mais tempo abertos para propagar o conhecimento”, afirma Marli. “Vamos buscar novas ferramentas, como um blog, para ajudar os alunos e também trabalharemos em outras iniciativas com o uso conjunto das línguas portuguesa, espanhola e inglesa”, explica Marise.
O projeto criado pela professora Maria Elsa Demarchi, que amplia e estimula a interatividade e o envolvimento dos alunos em aproximadamente 70 escolas públicas de Blumenau (SC), conquistou a terceira posição nessa mesma categoria. “A cada dia mais professores se interessam em conhecer melhor nossa metodologia de ensino que é inspirada no alemão Fritz Muller”, diz.
Outra iniciativa brasileira que despertou a atenção do júri ao conquistar a primeira colocação foi o de inclusão digital dos alunos do Ensino Fundamental e a educação de jovens e adultos do Colégio Normal Estadual do município pernambucano de Afogados de Ingazeira. Desenvolvido pela professora Claudia de Almeida, o projeto, que destaca a importância do planejamento e da realização de oficinas de ensino, ficou em primeiro lugar na categoria Conteúdo. “Dei mais um passo com o esse projeto e agora vamos ver o que acontecerá em Hong Kong”, afirma, em referência ao local que sediará a final mundial do Prêmio Educadores Inovadores e que reunirá os melhores projetos de tecnologia aplicada de forma inovadora para a educação desenvolvida ao redor do mundo.
A dupla de docentes brasileiros Armando Gil Ferreira e Paulo Roberto Freire, que criou o projeto “Pontos de Idéias e Soluções Ambientais em 4Rs”, ao lado de Ana Teresa Ralston
Texto: Revista Odisseu
Imagens: Arquivo Pessoal
